O fotógrafo vareiro Tiago Sousa, especializado em fotografia de casamento, começou o mês de Março com mais um prémio. Desta vez, uma distinção internacional atribuída pela conceituada associação Inspiration Photographers.
“Todos os prémios são importantes, principalmente numa área em que a qualidade é muito elevada”, diz Tiago Sousa, que sente agora “uma enorme responsabilidade, por isso sempre que faço uma reportagem fotográfica dou o melhor de mim, acreditando que todos os casamentos são únicos e cabe a mim eternizar um momento que por si mesmo já é mágico”.
Mesmo assim, as dificuldades impostas pelas restrições associadas à pandemia impediram-no de trabalhar durante um ano quase inteiro. “O ano de 2020 estava a correr bem. Ia ser um ano com muito trabalho”. Mas depois chegou o vírus e tudo mudou. O Movimento de Empresas do Sector do Casamento (MESC) queria retomar a actividade em Abril, depois de um ano “praticamente parado e com mais de duas dezenas de serviços adiados”, apontando a realização de testes à COVID-19 a convidados para a concretização das bodas. As medidas de desconfinamento anunciadas abrem-lhe uma janela de esperança a partir do próximo dia 18 (25% da lotação) e depois em Maio (50% de lotação).
Mesmo assim, as dificuldades impostas pelas restrições associadas à pandemia, impediram-no de trabalhar durante um ano quase inteiro. As medidas de desconfinamento anunciadas abrem-lhe uma janela de esperança a partir de Maio.
Acabaste de ganhar mais um prémio: Tem uma importância especial ou é mais um?
Todos os prémios são importantes. Principalmente numa aérea em que a qualidade é brutal. Sinto sempre uma enorme responsabilidade, por isso sempre que faço uma reportagem fotográfica dou o melhor de mim, acredita que todos os casamentos são únicos e cabe me a mim eternizar um momento que por si mesmo já é mágico.
Como se antevia o ano de 2020 antes da pandemia?
O ano de 2020 foi um ano transição, porque decidi apresentar-me a solo. Mas estava a correr bem. Ia ser um ano com muito trabalho.
O que aconteceu após o surgimento da Covid-19?
Existiram no meu entender dois momentos: primeiro de preocupação e incerteza para o futuro, e depois perceber que devido ao facto de estar a adiar todos os serviços para 2021, ficava com um problema em mãos, que era já não ter espaço em 2021 para as novas possíveis marcações. Ou seja, perdemos um ano e comprometemos o seguinte.
Sentiu-se o estigma de ser de Ovar? E isso já passou?
Sim, numa fase inicial, penso que existiu demasiado histerismo. Mas tudo normalizou quando se percebeu que afinal este problema era de todos e não só de alguns.
Achas que os noivos estão dispostos a fazer o Casamento este ano?
Estão dispostos, mas é normal terem dúvidas, cabe-nos a nós tranquilizá-los.
E as restrições de aglomeração de pessoas?
Não vejo um casamento como um foco alarmante de transmissão do vírus, é um acontecimento que pode ser super controlado. E a verdade é que temos visto aglomerados de pessoas em outros acontecimentos, autorizados, que me envergonham enquanto cidadão.
O fotógrafo é essencial para registar memórias para a posteridade?
Não tenho a menor dúvida disso. Mais do que nunca registar memórias é importantíssimo para a posteridade mas também para acalmar a saudade.
Quantos cancelamentos tiveste?
Cancelamentos não tive nenhum, mas adiados tive cerca de duas dezenas.
Rastreios a convidados pode ser a solução?
Sim, temos que começar por algum lado. Não podemos é ficar parados.
Casamentos regressam e actividade poderá ser retomada em Maio?
Aqui o único problema é que andamos sempre a correr atrás do prejuízo, porque já estamos com mais um ano de pandemia e parece que não existe um planeamento bem definido. Agora nós precisamos de trabalhar, estamos a falar de uma enormidade de serviços que estão parados, não só fotógrafos, são DJ’s, maquilhadoras, floristas, ‘wedding planners’, ‘caterings’, etc. No último verão aconteceram casamentos, não vejo motivos para não acontecerem este ano.
Fotografo emoções, quero que sintam borboletas na barriga sempre que recordem o vosso dia!